quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Estranho

Não gostei do que vi nesse espelho hoje. Não falo de ter esquecido a benzoíla, ou coisa do tipo. Vi o retrato de alguém que, com todo senso que lhe fora obrigado a aprender, não gosta de perder o controle. De alguém que acorda com palavras de amor na cabeça, que dorme traindo a companhia mais fiel na cama - o travesseiro. A imagem que vi, de prazer, não me agrada. Não era pra ser assim. Mas é. Imerso nisso. Completo e constante. E em troca, a face na superfície mostra marcas. Marcas de não ser entendido. De não darem devido valor ao seu - automático - esforço. Do máximo que pode entregar não ser suficiente. De tolerar frases de almanaque. Mas vai passar. Não vai?

Nenhum comentário: