quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mudo.


Não há ninguém em mim. Arranhões na porta, vestígios de jeans nas cercas. Mas nada completo. Nada de tragédias inglesas e dramas banais. É uma dose mais forte. Lenta. É quando morre em mim o sonho compartilhado. É quando me calo. Vejo, ao olhar o espelho, que não tenho o que dizer só e simplesmente porque não há mais nada para falar. Surge como doença, não característica, uma aversão à repetição, repetição, repetição, repetição. Um breve pavor ao perceber os primeiros calafrios aonde morava o calor. Eu não mudei nos últimos quatro ou cinco portos que parei. Eu deixei avisos escritos à suor em pele morena. Deixei meu silêncio em resposta aos demais estribilhos. Não há nada que me faça errado, e não é disso que eu vivo.


...I'm only made out of flesh, blood and bone...♫ ♪

Um comentário:

D. disse...
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