sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O que lhe vale

Chega um dia, desses que nos debruçamos na janela e a paisagem parece desaparecer ofuscada por pensamentos, e vemos do que cansamos e do que valeu a pena. A brisa que aqui sopra traz a melancolia quase necessária nesses momentos. E então o pensamento nos volta para o que nos deu suspiros tensos de ansiedade nos últimos dias. Estranho que agora isso parece tão menor e desbotado. E nesses dias, os dias de suspiros tensos, dia em que todo lugar que nos debruçamos pareciam com a janela da espera, o tempo dedicado a agonia nos serve para de distinção de tudo aquilo que realmente nos vale. Que tenho certeza que é tanto que nem nos lembramos mais de todo 'resto'. É como o gnomo que sai do ponto cego de nossa visão na janela e percorre uma trilha pelo jardim. Adianta, de inicio, olhar o mapa, apegar-se no que busca. Mas logo há pedras, frutos e seres novos pelo caminho. Logo deixamos o mapa cair nessa trilha, pra que sobre espaço pra carregar consigo um pouco do que de novo há. Vagarosamente criamos pequenos desvios, colecionamos o que há neles. Não importando se é bom ou ruim. Como o caminho do principezinho até a terra, e o valor maior ao B-612 em seu retorno. Como a busca pelo significado do Rosebud do Kane. Há de servir todo peso nessa bagagem. E nas surpresas de toda tragetória o que lhe vale é o que agora te resta na bagagem.

2 comentários:

Tiago Fagner disse...

realmente todas as trilhas levam-nos pra nosso caminho... Tento fazer com que a minha bagagem seja o mais diversificada e cheia de bons momentos possíveis, quem sabe só reste no futuro esses souvenirs para observar. Gostei da citação do Pequeno Príncipe. \o/
Abraço rapaz!

PS: Não queira as pernas ardendo rapá, prefira a massagem. kkkkkk

Raisa Bastos y Rodrigues disse...

o que importa é o caminho.