sábado, 20 de fevereiro de 2010

Carnavália



O balançar do tempo em rede de lã roubando o trabalho dos ponteiros. Olhos mergulhados em páginas e garantia de não manter o telefone no ponto cego. É caminho percorrido em avenida. Cortejo sem cor. É a minha  fuga no bu bu bolindo.  É sobre vozes perdidas no ar à procurar  satélites que as encaminhe até ouvidos.  Luzes  quadradas vistas de baixo encaixando-se em eixo de campo qualquer de vista. Perder o sono. Ganhar o som. O passo largo. O tombo da criatividade à descer pelas pontas do dedos e resumir-se em fontes negras. Descrever onde os pés andam. Toda impossibilidade de falar de caminhos sem que a mente não os percorra. O tremer bilateral; o toque e o temer à morte. Vagar a mente onde os pés ainda não pisaram – pra lá de fevereiro. Diz-se o mundo não ser tão bom assim. Mas fiz zum zum e pronto.

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