sexta-feira, 9 de julho de 2010

Amargo



Ao pé da cama, palmas das mãos coladas, cabeça ligeiramente baixa e o reflexo da nuca no espelho. É o não se encarar, esperar a porta fechar para desabar sua feição em quatro paredes. Um nó na garganta, um futuro do outro lado da fechadura e todo o silêncio que lá faz. Desiste dos chinelos, e anda no ritmo das caixas de som ambiente. Deixa de pensar em chave, milagre, saídas de emergência ou plano de fuga. E dança, dança.

3 comentários:

Amanda Silveira disse...

"if it's bitter at the start, then it's swetter in the end"

#madonna

Fernanda H.A. disse...

Fugir seria prático.

Victor Moraes, disse...

prático demais.